Tem gente que diz: ser sucinta na vida resolve
muito; que quanto mais se fala mais se complica; que longos discursos permitem
os telespectadores dormirem...resultado – o resumo da viagem que eu pretendia
relatar nesse blog está longo por demais. Cansei.
Resumidamente foram 23 noites com inicio em Lisboa e finalização em Roma. De Londres
o destino foi Bélgica, Holanda (países baixos), Alemanha, Suíça e Itália. Já
postei sobre os caminhos dos alpes suíços, os muros e a casa de Julieta em
Verona, Itália.
O resto, o que mais me chamou a atenção tirando a beleza de cada ponto, foi Pompeia / Itália, a cidade destruída e que teve seus
habitantes mortos com a erupção do Vesúvio, esse monstro que
continua em atividade até hoje. Pompeia foi e relata uma cidade romana toda organizada
com suas ruas de pedras. Sim, calçamento que tanto sonhamos em nossas cidades brasileiras as quais deixam a desejar e, aquela, da era romana não era nem é assim tão
pequena, tinha sua pavimentação em pedras.
detalhe de umas das paredes...uma das escadas para se entrar na piscina. Ainda se percebe em várias partes as cinzas vulcânicas.. |
E são nelas que se vê a
sapiciência dos romanos como as piscinas internas nas mansões que eram
aquecidas, mesmo sem a tecnologia de hoje ou a eletricidade. Os telhados se
foram, porém as paredes e as marcas daquele povo ficaram. A cidade por inteiro foi descoberta entre as cinzas e larvas a mais de 1600 anos da erupção, o que contribuiu pela preservação e petrificação dos corpoes de alguns habitantes.
Essa casa até as pinturas na parede resistiram
ao tempo. Os corpos ali encontrados que se julgam ser a familia, continuam a habitar o lar. Foram-se as vidas ficaram os ossos entre as cinzas.
nas casas maiores, logo na entrada havia sempre um local com água |
as imagens acima são de dentro da casa. Eles reconstruiram o telhado considerando que esta estava bem conservada e para demonstrar como eram os lares maiores. Umas das poucas abertas para visita. |
Em todo canto nota-se o quanto era bela,
organizada e com material durável. A resistência dessas construções suportaram todos
os desastres da natureza e a ganância do homem de hoje desde os seus 300ac. O Vesúvio a degoliu em 79ac. A lama e as cinzas a ocultou por décadas. As marcas
ficaram. Corpos foram petrificados e resultam, para os olhos de hoje essa realidade
passada, presente e futura do quanto a vida pode chegar ao fim de surpresa. A
natureza é, sem dévida, surpreendente.
Não, as imagens abaixo não são estatuetas...
objetos que sobraram (após vários saques) foram recolhidos. |
imagem do cachorro, da agonia...e seu
fim petrificado....e do homem que se foi onde a imagem demonstra que ele tentava proteger a respiração , os olhos...no meio da negritude das cinzas.
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...São seres humanos que foram
sufocados pela fumaça, cinzas e calor em 79ac. Veja a posição da busca pela vida, de se livrar
do sufoco, da asfixia. Mas não houve alternativa. Os corpos foram assim
encontrados. Tiraram o interior e encheram de gesso. O Externo é o corpo, a
vida e semblante desse povo que ali viveu e seus últimos momentos de vida. O grito ou silêncio da dor em meio a negrite do vulcão.
coliseu bem na entrada da cidade |
aqui aconteciam as ginásticas tipo olímpicas, havia piscina e outros serviços, que se podia dizer uma espécie de SPA. |
ao fundo a imagem do grande monstro vivo chamado Vesúvio, aquele que, a qualquer momento poderá lançar uma surpresa |
Uma cidade inteira, completa, organizada, com
coliseu, SPA, esportes olímpicos com direito a piscina e anfiteatro e um grande teatro a céu
aberto. Uma organização que gostaríamos e sonhamos possuir depois de 2092 anos
em nossas cidades ou pequenas vilas.
E assim está aquilo que resiste ao tempo...a sabedoria romana.
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